quinta-feira, 1 de novembro de 2012

ENTREVISTA: CRIPTA DJAN





Salve Djan, mano, primeiro agradecer ai a paciência, e o apoio que sempre deu pra RISK, poucos sabem das coisas que acontecem nos bastidores, mais o importante é saber com quem podemos contar. E como sempre e sempre, conta quando e como começou sua história na pixação.
Eu comecei como a maioria dos pixadores da minha época, pixando banheiro de escola, mas já no meu primeiro role na rua com tinta me dei mal, fui pego por um morador e cheguei em casa todo pintado. Tem muitos que param depois de um prejuízo desses, mas no meu caso foi ao contrário, o que era pra me desanimar acabou por incentivar, a repressão também serve como combustível para a pixação.

Certo, diz ai o que te incentivo a levar a pixação a outro patamar, ou seja, transportar da rua, pra outros lugares, tv, jornais e tudo mais?
 A pixação sempre teve um destaque na mídia, mas sempre como uma coisa negativa, e nós que somos pixadores sabemos que não é bem assim, sabemos da potência do pixo como arte, por isso sempre que sou convidado para dar uma entrevista dou a cara pra bater, pra defender a causa, por que se nenhum de nós fizer isso, vamos sempre ficar tomando paulada. Quando eu recebo um convite para uma entrevista, encaro isso como um desafio para defender a causa, não é apenas exibicionismo como muitos pensam por ai, até por que eu nunca precisei correr atrás disso, sempre foi à mídia que venho a mim. E é importante que um de nós esteja preparado para falar e argumentar, por que sempre somos tachados de vândalos e analfabetos, e é isso que acontece se não tiver ninguém para argumentar.
A sociedade quase no geral não para pra pensar que a pixação é um reflexo da falta de alguma coisa, ninguém inventou a pixação, ela se criou sozinha, como a voz dos sem voz, o grito mudo dos invisíveis, é uma força que cada vez mais se espalha pelas grandes cidades, e ninguém tem força de para-la, ninguém. A pixação não pede licença, ela chega e se apropria, já que ela é o reflexo de uma sociedade autoritária.
Caralho, e aquela cena dos ataques às instituições de arte (Faculdade de Belas Artes, galeria Choque Cultural, 28º Bienal internacional de artes de São Paulo) que rolou em 2008 mano? Foram muitas versões sobre o assunto, mais conta a sua versão do que realmente aconteceu, o que se pode tirar de tudo isso?
Tudo isso começou quando meu amigo Rafael Agustaitiz (PixoBomB) foi estudar na Universidade de Belas Artes. Durante seus quatro anos de curso, tendo conhecimento sobre o real conceito de arte, Rafael descobriu que a pixação no momento é o que tem de mais potente e legítimo no mundo das artes. Rafael queria de alguma forma tornar isso público, foi ai que ele teve a ideia de realizar a intervenção na faculdade, o ataque na realidade foi TCC  dele. Durante seus quatro anos de curso, Rafael defendia a pixação em sua tese de artes plásticas. No ultimo ano ele teria que apresentar um trabalho prático, em vez de uma pintura ou trabalho decorativo Rafael resolveu apresentar a pixação em sua forma real, convidando a galera do movimento para fazer uma intervenção ilegal dentro da universidade. No dia de sua apresentação final eu Rafael e mais uns 40 pixadores invadimos a faculdade e pixamos tudo. O resultado disso foi à reprovação e expulsão de Rafael, que foi acusado pela faculdade de atos de vandalismo. 
Depois disso teve o ataque à galeria Choque Cultural, o ataque a Choque foi motivado por uma declaração publica que o dono da galeria (Baixo Ribeiro) deu durante um debate sobre pixação em um programa de TV. Na declaração Baixo questionando a postura da Belas Artes em reprovar Rafael disse que, sua galeria “era a única representante de arte de rua no Brasil, e que eles não tinham preconceito com nenhum tipo de expressão urbana”, foi baseado nesse depoimento que surgiu a ideia de atacar a galeria, já que eles (Choque Cultural) não tinham preconceito algum, com nenhum tipo de expressão urbana, não teria problema algum se acontece uma intervenção ilegal dentro da galeria. Daí aconteceu o ataque, e a postura da galeria foi fechar o local e dar queixa crime na policia, tipo assim “A pixação é genial, dês de que não seja no meu muro”.
Por ultimo, ainda no mesmo ano, aconteceria em São Paulo a 28º edição da Bienal de artes internacional, a própria imprensa meio que já dava como certa nosso invasão no evento, mesmo antes dele acontecer. Ai pra completar um dos curadores (Ivo Mesquita) vem publicamente no jornal nacional, e declara que a Bienal daquele ano, cujo titulo era “Em vivo contato” manteria um andar inteiro do prédio vazio, e que esse espaço estaria destinado para intervenções urbanas vindas do publico. Depois dessa declaração nos sentimos convidados, já que a pixação é uma intervenção urbana. E pra quem não sabe a Bienal é um evento feito com dinheiro publico, é um direito de todos estarem lá. Mesmo com o vazamento do ataque na mídia, dias antes da abertura anunciado pela direção da Bienal, em coletiva de imprensa, nosso grupo não desistiu de fazer a intervenção. No dia da abertura do evento, mesmo com o reforço na segurança, nosso grupo conseguiu realizar a intervenção, tudo seria perfeito se não fosse à prisão da Carol (Sustos), e nos nunca imaginamos que o caso ganharia tanta repercussão.
O que tiramos de tudo isso é que a pixação pode e deve ser usada como instrumento de revolução, por que apenas com tinta e atitude essas intervenções ganharam repercussão mundial, e pela primeira a vez muitos passaram a discutir e tentar entender a pixação como um fenômeno artístico, antes disso esse assunto era apenas resumido a vandalismo e depredação. Imagina então se todos tivessem a oportunidade de ter uma instrução acadêmica, como Rafael teve e ajudou a todos nos a ampliar a percepção em torno do assunto. Eu mesmo antes de tudo isso nem sabia o que era conceito de arte, Bienal ou coisa do tipo, por que o estado não proporciona isso para a grande massa, ensino de qualidade é privilegio de poucos aqui no Brasil, se o Rafael não metesse as caras e quebrasse o braço para conseguir a bolsa integral pra estudar lá, jamais ele teria condições de estudar numa universidade renomeada como a Belas Artes. Imagina só mais uns 100 pixador com a instrução do Rafael, como o sistema não ia tremer, esse é medo deles, eles querem o povo burro, com uma arma na mão pra ir parar na cadeia, assim fica bem mais fácil pra eles manipularem, você vira apenas mais um numero.
Entendi mais mano, nesse tempo, que você fez esse corre pra legitimar a pixação como arte, trouxeram mais coisas boas pra sua vida? Ou na real, isso só trouxe mais problema? E uma comparação, como é sua vida hoje dentro da pixação? 
Eu acho que levar essa discussão para o campo da arte foi bom não só pra mim, mas pra todos que praticam pixação, por que se não iam acabar inventando uma lei para por todo mundo que pixa na cadeia por causa de pixação, e isso já vinham acontecendo, como por exemplo, o caso da Carol (Sustos) e dos pixadores de Belo Horizonte (MG) que foram presos por formação de quadrilha de pixadores. Esse processo de dês marginalização do pixador é importante, até por que muitos que a praticam são cidadoas normais que trabalham e tem família. No meu caso, por exemplo, aconteceram muitas coisas boas, além de participar da principal Bienal de Artes do país, eu também tive a oportunidade de representar a pixação em outros estados e países, como por exemplo, França e Alemanha, o que causou uma inversão de valores na pixação, por que aquilo que sempre foi visto como algo negativo passou a ter uma valorização artística como nunca teve antes.
Fora esse lance da Bienal, teve outro também, os atropelos aos grafites autorizados nos murais da paulista, 24 de Maio, Beco do Batman e o mais recente na Av. 23 de Maio,  conta ai mano o que rolou? Foi algo tipo pessoal, ou teve algo maior ai que quase ninguém sabe?
Esses ataques não foram nada pessoais, na realidade eles foram uma cobrança de postura a de muitos grafiteiros que domesticaram o graffiti, e com isso o graffiti passou a ser usado pela sociedade como um antiduto contra a pixação, varias e varias agendas de pixação sumiram para dar lugar ao graffiti privado e autorizado, e se o graffiti se tornou algo privado nos pixadores não somos obrigados a respeitar, por que a pixação se apropria de tudo é privado ou público na cidade. O único parâmetro de respeito que deve existir entre pixadores e grafiteiros é o da apropriação ilegal, por que essa é a essência tanto do graffiti como da pixação, se apropriar de espaços públicos e privados sem autorização.
Você acha que por conta disso, existiu ou existe uma guerra de graffiti e pixação? Tipo os graffiti autorizados? Qual sua relação com o graffiti?
Uma guerra ainda não, mas conflito sempre teve, pelo fato do grafiteiro se  aliar ao dono do muro, dessa forma a disputa por espaço passou a ser covarde por parte dos mesmos que aderiram a isso. Vale lembrar que não são todos é claro, tem muito grafiteiro que continua pintando na rua sem autorização, e isso é muito respeitado por quem é do pixo. Mas em quanto essa galera achar normal apagar muros pixados para entrar o graffiti privado e autorizado, sempre haverá esse conflito.
Você sempre foi um cara que falou mesmo sem dó, você acha que por ser assim, criou muito inimigos por ai? Como é sua relação com os pixadores?
Todo pessoa que não tem medo de falar e defender o que pensa incomoda, e muitas vezes são mal interpretadas, eu sempre tive problemas dês de moleque por ser assim, e foi dessa forma que aprendi a ganhar respeito, principalmente na rua, e não me arrependo de ser assim. Mas posso dizer que fiz mais aliados do que inimigos, tive e tenho alguns desafetos, mas nada que me preocupe, nem Jesus agradou a todos...
Em sua opinião mano o que você acha que mudou na cena da rua? Ficou mais sério, por que todo mundo sabe, ultimamente tem tido um BUM, de pixadores novos e grafiteiros, você acha isso bom? A molecada que começa hoje está começando do jeito certo?
O que mudou é que na época que comecei (1996), não tinha revista, DVD, nem internet pra trazer informações, tudo que se aprendia era na rua. E para seu pixo ficar conhecido e respeitado no movimento exigia muito empenho e dedicação. Nesse aspecto não mudo muito, todos ainda precisam se empenhar nas ruas para conseguir sua legitimação, mas o problema é que hoje a internet ilude muitos que estão começando, por que tem moleque que faz meia dúzia de pixo ou graffiti em volta da sua casa, posta na internet e já acha que é conhecido. E na real se o cara realmente não tiver um role na rua, ele nunca vai conseguir sua legitimação, e isso não se conquista da noite para o dia, são anos de empenho e dedicação. 

Você ainda continua na atividade? Por que em muitas entrevistas que vejo nos jornais, é dito como EX pixador, e direto vemos várias fotos suas, fazendo umas ações, no caso, você pixa só quando é convidado pra alguma seção de fotos? Ou quando tá puto da vida, pega uma lata e vai fazer uns roles?
Eu continuo ativo na pixação, não com a mesma intensidade e dedicação que eu tinha quando era mais jovem, mas de outras formas, por que quando dei um tempo nos roles em 2004 pra arquivar meus processos eu comecei a fazer os registros (DVDs), e depois vieram os ataques, e nesses últimos dois anos alem de registrar a galera de outros estados eu to aproveitando pra pixar todas capitais do Brasil, lógico que eu não tenho a mesma disposição de quando era moleque e escalava tudo, mas se for analisar mesmo eu nunca tive afastado complemente do pixo nesses anos. O que acontece é que hoje em dia sou um pai de família e tenho outras prioridades também, não da pra se dedicar somente ao pixo, mas nunca deixei a pixação, e nem pretendo deixar, sempre que posso e tenho vontade saiu pra deixar uns pixos por ai. Em relação a essa historia de ex pixador isso foi um rotulo que a própria mídia criou, por que em algumas entrevistas que dei há uns anos atrás, quando perguntavam se eu ainda pixava, eu dizia que no momento não estava ativo, daí já me creditavam como ex pixador, e se você procurar em qualquer entrevista vai perceber que essas palavras nunca saíram da minha boca, até por que esse papo de ex pixador é coisa de grafiteiro cuzão, que quer dizer que evoluiu para uma coisa melhor, como se o graffiti fosse uma evolução da pixação.


Recentemente você fez uma trip pela Europa, e tal, como é cena lá fora? O que os gringos pensam da pixação aqui do Brasil?
A cena da rua lá fora é forte e bem organizada, lá os grafiteiros são vistos como os pixadores aqui. Quem conhece e entende do assunto respeita e admira a pixação, pela sua originalidade e atitude, mas para muitos ainda é uma novidade, não são todos que conhecem o assunto., é mais quem ta ligado nessa cena da arte de rua.

Você acha que temos muito que caminhar ainda, em comparação lá fora? Por que sabemos que lá o graffiti é uma espécie de guerra mesmo, aqui no Brasil ainda é mais aceitável, mesmo se esteja fazendo um t-up ilegal, você ainda consegue reverter à situação, isso tem lá fora?
Se for comparar com a cena do graffiiti brasileiro sim, por que os grafiteiros de lá são perseguidos pelo estado como inimigos públicos, eles são praticamente os pixadores de lá. Eu tive a oportunidade de sair com uma galera do graffiti em Berlin (1UP), os caras não podem ser pegos de jeito nenhum, por que devem milhões de multas para o governo, e se rodar não tem desculpinha como aqui. 
Lá rola uma investigação pesada, até celular dos caras são grampeados. No role que nosso grupo saiu com os caras do 1UP eu percebi a preocupação deles em dar tudo certo, a cautela dos caras no role parecia a de quem ia assaltar um banco, eu nunca imaginei que fosse tão tenso sair pra pintar nas ruas de lá, o fato de não haver criminalidade como em nosso país torna o graffiti o um dos crimes mais combatidos no espaço publico. E dificilmente se vê pela cidade graffiti patrocinado ou autorizado pelo governo, até tem, mais são poucos, o que mais tem é bombardeio no espaço público. Foi uma experiência da hora, curti muito conhecer as ruas e os manos do graffiti de Berlin, galera fmz, sem palavras.
Soubemos que você participou de uma exposição na Fundação Cartier em Paris, nos conte um pouco sobre isso. Você ganhou dinheiro pra pixar de forma autorizada? Não seria uma contradição participar de um evento desse tipo?
Em 2009 a Fundação Cartier em Paris organizou uma retrospectiva mundial da história da arte de rua, eles convidaram artistas de rua do mundo inteiro, eu fui convidado para representar a pixação Brasileira, porque a Cartier percebeu que a pixação não poderia ficar de fora desse contesto. Pode até parecer contraditório mais esse tipo de reconhecimento existencial, estético e político por parte do circuito artístico é importante para o movimento, pois aqui no Brasil a pixação sempre foi resumida a vandalismo. Vale lembrar que reconhecimento existencial por parte do circuito artístico, não é o mesmo que aceitação pública, como por exemplo, o graffiti tem hoje na cidade, com muros autorizados pelos proprietários e parcerias com o Estado, não é desse tipo de reconhecimento que estamos atrás. Uma coisa não precisa necessariamente agradar para ser considerada arte, até porque gosto não se discute nesse universo artístico.  E ganhar cachê para participar do evento, como os outros artistas ganharam não é nada mais do que justo. Cair em contradição mesmo é ganhar dinheiro pra pixar na rua ou correr com o poder público. O erro do graffiti não foi entrar pra galeria, foi correr com o poder público para conseguir espaço na rua, e não é isso que a pixação busca.
E a polemica e controvérsia participação sua e de mais alguns pixadores da sua grife (Os+Fortes) na Bienal de Berlin esse ano, conte-nos um pouco sobre essa experiência, e qual era a intenção da Bienal em incluir a pixação? 
O convite inicial se deu em março de 2011 através de uns dos curadores do evento, a artista polonesa Joanna Warza. Ela veio ao Brasil especialmente para procurar nosso grupo, pois tinha conhecimento das intervenções não autorizadas que havíamos realizado dentro de campos institucionais da arte contemporânea (ataques a Faculdade de Belas Artes, Galeria Choque Cultural e as bienais de 2008 e 2010). Segundo ela a Bienal de Berlin tinha a proposta de questionar as próprias bienais em seus formatos institucionais e por isso ela tinha o interesse em nos convidar.  
 No decorrer de um ano até que nossa participação fosse oficializada mantivemos contato com a bienal através de Sérgio Miguel Franco e da tradutora Nathalie Stahelin. Primeiro nos foi sugerido pela bienal levar seis pessoas do grupo, depois voltaram atrás dizendo que só tinham dinheiro para levar dois, e por fim quase desfizeram o convite, alegando não ter dinheiro. Eu como liderança no grupo fiquei numa situação delicada, porque eu já tinha tido o papel de escolher entre cinquenta pixadores quais seriam os seis que iriam para Berlin. Eu sabia o quanto era importante para os escolhidos fazer essa viagem, não pelo fato da participação numa bienal, mais pela oportunidade de poder pixar as ruas em outro continente. Então eu decidi que seria uma questão de honra levar o grupo inteiro para pixar em Berlin, e com a ajuda de Sérgio Miguel Franco comecei a buscar alternativas de financiar esta viagem. Após todo o sufoco que tivemos para conseguir os financiamentos e emitir os passaportes finalmente chegou o dia de embarcamos para Berlim. 
Um ponto de conflito que tínhamos com a bienal era em relação à forma da nossa apresentação, a curadoria nos sugeriu apresentar um workshop sobre pixação, dentro de um congresso de desenho, mas eu vinha deixando claro para a curadora que é impossível apresentar um workshop de uma manifestação urbana que só acontece na rua e no contexto da transgressão, mesmo assim a curadora Joanna Warza insiste na ideia de ter uma demonstração prática de pixação na bienal. Mesmo sem termos chegado a um acordo sobre isto partimos para Berlim. Depois de uma viagem bastante longa chegamos a Berlim e nosso grupo só teve tempo de tomar um banho no hotel e ir direto para a igreja onde nossa apresentação está marcada para as 16:00 hr.
Chegando a igreja minha ideia era desqualificar a historia do workshop, e sair dali sem dar demonstração pratica alguma. Então eu e Sergio Franco iniciamos a parte teórica, eu já explico de cara que não fazia sentido para nós darmos uma demonstração pratica, já que a pixação como performance só se da na rua e no contexto da transgressão. Em quanto falava com os curadores do evento, funcionários da Bienal entregaram latas de spray nas mãos de William e Biscoito, então eles começaram a escalar as estruturas internas da igreja em busca de espaço, já que os tapumes destinados para a intervenção estavam completos de desenhos, quando os meninos começaram a pixar as paredes da igreja Joanna disse que não podia, e me pedio para mandar os manos pararem de pixar, respondi que não, pois ali estava acontecendo à demonstração pratica que ela tanto queria, e foi ai que começou toda confusão. Indignado com o pixo na parede da igreja o curador da mostra Arthur Zmijewski me ataca com um balde de água suja, como se ele estivesse devolvendo o pixo na igreja. Eu devolvo o ataque de Arthur com uma rajada de tinta amarela, em seguida Arthur também me da uma rajada de tinta azul. Após um pintar o outro fica um silencio na igreja, então a tradutora pergunta o que iria acontecer, eu disse: “agora é a guerra da tinta”, em seguida pego a lata de spray e começo a pixar a igreja, pois eu nem havia pixado e já tinha tomado um banho de tinta do safado do curador, nesse momento eu tava puto, e só paramos de pixar depois que a policia chegou à igreja e nos deu voz de prisão, mas depois de entender que nosso grupo era convidado do evento eles só anotaram os números dos passaportes e foram embora.
Conclusão, a Bienal que se dizia discutir arte e política não aguentou com cinco minutos de tinta e teve que recorrer ao sistema que eles mesmos se diziam questionar, com um discurso revolucionário que defende a transgressão. A realidade é que esses falsos liberais como o curador Arthur só brincam de transgressão, pra esses caras a transgressão só vale se for de mentirinha, porque quando a coisa realmente fica seria eles chamam a policia.
Fale um pouco do seu trabalho de documentar a pixação em vídeo. Como surgiu essa ideia, e o que te estimulou a fazer esses registros? 
Meu primeiro contato com vídeo foi como participante do DVD “100 Comédia” em 2002 ,  os manos dos “VADIOS” estavam gravando o primeiro volume eu participei fazendo uma escalada, e depois o 4 em pé, daí se passaram uns anos e o trampo não saiu, por que era difícil na época lançar um vídeo, nem imaginava que eu mesmo colocaria aquele trampo na rua. Em 2004 durante uma entrevista para uma revista eu conheci o Alexandre de Maio, ele era editor da revista Rap Brasil, após a entrevista o Alexandre me ofereceu ajuda para fazer um vídeo sobre pixação, foi ai que eu me lembrei das filmagens do “100 Comédia 1”, que estavam paradas. Não pensei duas vezes, aceitei a ajuda e retomei o projeto, em 2 anos o trampo tava na rua, foi uma satisfação muito grande dar continuidade a esse projeto, porque nós da pixação carecemos muito desse tipo de documentos, até pro movimento não passar em branco. Nessa mesma época eu conheci o THO que estava produzindo o “Escrita Urbana”, e ai nos juntamos e lançamos em 2006 os dois primeiros volumes dos DVDs de forma simultânea.

Na sua carreira como diretor, o que mais tem por ai? Muitos já sabem da sua caminhada com os videos de pixação, tem algo inovador em mente?
Eu pretendo seguir forte na carreira de cineasta e me tornar um diretor respeitado principalmente por vir da periferia, até porque nesse meio só tem playboy, não desmerecendo ninguém, minha intenção é virar uma referencia pros manos da quebrada acreditar que qualquer um tem potencial pra chegar longe na vida.
No momento eu to envolvido com cinema, e também em algumas produções de clip de Rap, em breve vocês vão ver as novidades, por em quanto vamos deixar elas amadureceram.
São Paulo sempre foi o foco da pixação, mais você já colou em vários estados, como é nesses lugares? Existem algum em especial?
Fiquei impressionado com a riqueza e adversidade da pixação brasileira , são vários estilos diferentes de letras em todos os estados, por mais que Rio de Janeiro e São Paulo são as referencias principais outros estados também vem criando seu estilo. Nas capitais do sul e sudeste brasileiro a pixação vem crescendo com muita força, dando destaque para Belo Horizonte (MG) que depois de Rio e São Paulo é o estado onde mais tem pixadores. Porém a estética da pixação do nordeste é muito diferente de qualquer outra no Brasil, principalmente a de Salvador na Bahia e do Belém no Pará. Fiquei impressionado com o estilo da grafia baiana que leva o muro inteiro com suas letras em forma de ondas.
E todo mundo sempre quer saber, tem alguma história, aquela bem cabulosa, por que todo mundo que pixa ou faz graffiti sempre tem uma que nunca vai esquecer, das várias que já viveu, tem alguma que marcou sua trajetória?
Pixador sempre vai ter varias historias, algumas tristes outras engraçadas ou emocionantes, mas eu vou contar uma que rolou no centro em 2003. Estávamos nós numa turma de sete pessoas, eu, Fern (Reais), Bafu (Zapi), Geral (Anões), Bilu (Inocentes), FILHO e o saudoso mano “Guigo” do (Néticos), nosso alvo era um prédio na Av São João cujo seis primeiros andares funcionava um estacionamento, que estava vazio. Eu e o Rafael (PixoBomb) já tínhamos feito alguns andares dele com o João (Bebados) e o Derlei (PRDS), nossa intenção era terminar de fechar o prédio no Grapixo e no Bomb com o resto da galera. Por volta da meia noite depois que o estacionamento fechou nos invadimos pelo segundo andar , só o barulho de sete pessoas andando dentro do prédio era bastante alto, parecia soldados marchando. Logo que chegamos la dentro nos separamos pelos andares que estavam limpo e cada um começou a fazer seu trampo. Pra ficar grande e bonito tudo mundo pegou dois andares do prédio, começando de ponta cabeça num andar de cima, e terminando em pé nas janelas num andar de baixo, esse tipo de trampo costuma a demorar cerca de 4 a 5 horas, porque nossa intenção não era só fazer um pixo comum. É emocionante pintar um prédio bem no centro com uma turma daquelas, era lindo olhar para todos os lados e ver gente pendurada pintando, de repente quando eu ainda pintava o meu pixo olhei para os lados e não vi ninguém, foi ai que eu percebi que tinha uma viatura parada no meio da rua com um policial olhando para o alto e me xingando, então demos um tempo e esperamos a viatura ir embora. Assim que as viaturas foram embora nós voltamos a pintar, mas elas acabaram voltando porque os taxistas sempre os chamavam de novo. Esse esconde, esconde se arrastou pela noite inteira, mas tinha um problema, o estacionamento abriria às 5 horas da manha e nos ainda não tínhamos terminado, então começamos a correr contra o tempo. Quando deu 10 para as 5 da manha nos começamos a descer as escadas , para tentar a fuga pelo estacionamento, o prédio estava cercado, e os policias aguardavam ansiosos a abertura do local. Quando deu 5 horas a primeira viatura entrou no prédio, nesse momento nos estávamos no sexto andar do estacionamento procurando uma fuga, o “Guigo” sugeriu que pulássemos em uns telhados de estabelecimentos vizinhos ao prédio, mas a queda era muito alta, então desistimos, e aí começamos a descer o túnel do estacionamento por onde subiam os carros, de repente ouvimos o barulho da viatura subindo, nós estávamos no quarto andar, onde  tentamos nos esconder, mas não tinham paredes então todos deitaram no chão para esperar a viatura passar, porque não tinha mais o que fazer. A viatura passou por nós e não viu ninguém, nossa fixa só caiu quando percebemos que os policiais  estava no andar de cima, então começamos a correr para chegar ao segundo andar. Ao chegarmos percebemos que um lado do estacionamento que dava na Rua Aurora não tinha policia, então foi por ali mesmo que empreendemos fuga, o único problema era que todos tinham que pular do segundo andar de um hotel para cair na marquise e depois pular na rua, e nem todos que estavam no role eram janeleiros, mas na hora da fuga ninguém quer ficar pra trás. Eu e o “Guigo” puxamos o bonde, quando olhamos pra trás todos estavam na rua fugindo, daí eu comecei a contar os manos para ver se ninguém tinha ficado pra trás, e pra alegria de todos ninguém ficou, em seguida tomamos um café em frente à estação Julio Prestes e comemoramos com certa descrição para não chamar atenção, pois os policias deviam estar putos dentro do prédio procurando por nós.

E mano, o que a pixação representa na sua vida? 
A pixação pra mim virou meu estilo de vida, não me vejo mais fora do pixo, nem quando ficar velhinho, porque grande parte das minhas amizades, lugares que frequento e até trabalho estão ligados de forma direta ao pixo, alem disso a pixação me ensinou a ser livre, e bater de frente com qualquer obstáculo quando se tem um objetivo, e essa determinação também foi fundamental para outros aspectos da minha vida, então eu só tenho a agradecer a pixação por tudo que aprendi nas ruas e que também serve de exemplo para minha vida.
Legal mano, então, queria ai agradecer o a entrevista, e dizer que respeito a sua atitude por dar a cara a tapa independente de qualquer coisa, são poucas pessoas que tem essa coragem. Agora esse espaço é seu mano, quiser mandar um salve ou dizer algo que não está ai na entrevista fica a vontade, valeu mano, fica com Deus.
Meu salve é pra galera do pixo, eu acho que ta na hora de deixar as picuinhas de lado e tudo mundo correr em prol do pixo, como um movimento coletivo, sem essas de divisão entre caras da nova ou caras da velha, ou quem faz no alto e quem faz no baixo, essas divisões não levam a nada e só enfraquecem o movimento, ninguém é melhor que ninguém e todos tem seu valor. Temos que nos unir pra bater de frente com os verdadeiros inimigos que estão no poder público, que cada vez mais criam preconceitos e estereótipos para marginalizar os pobres e dividir o espaço público entre ricos e pobres, é com isso que temos que nos preocupar de verdade. Ta na hora de todo mundo se politizar e começar a usar o pixo como instrumento de revolução, e  podemos fazer isso sem derrubar nenhuma gota de sangue, porque o pixo é só tinta na parede, nem fere ninguém, nem destrói nada, e o impacto do pixo é equivalente, é como dar uma bofetada sem mão na cara do sistema, pois a única coisa que agredimos mesmo com o pixo é a moral e as leis pré-estabelecidas.
Então é isso galera, Viva ao PIXO.




















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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ENTREVISTA: GOMES


Salve mano, primeiro agradecer a paciência em responder as perguntar, e dizer que como sempre, é daora
somar com quem realmente faz acontecer.

1 - Mais ai mano, vamos lá sempre a primeira pergunta não muda, 
como começou no graffiti, o que te levou pra esse mundo mano?
Então mano eu comecei na real fazendo umas tag de giz por volta do ano 2000 mais sempre me ligava no graffiti sempre via e gostava ai depois comecei a fazer uns por volta do ano 2002.


2 - Certo, mais ai mano, o que mais te fascina no graffiti? 
o que È pintar pra você, o que isso representa na sua vida?
O que mais me fascina são as letras acho da hora varias letras umas diferentes da outras e de vários estilos, pintar pra mim viro um vicio mano se eu não pinta eu fico estressadao tenho que fazer pra me sentir bem e feliz ,rs 

3 - Iaê mano, e o lance agora, é só descer os rolos nas laterais mesmo?
O que te levou a cair mais para os rooftops
?
Então ah, eu to me sentindo mais feliz fazer as laterais mano pq pra pinta no chão de lata é osso gasta muito os outros vem e apaga e vc faz uns 10 no chão e não fica satisfeito e um que vc faz no alto parece q vc alivio todo seu estress e sendo que o impacto e bem maior e mais difícil dos outros apagarem.

4 - E como È mano, È bem diferente, de pintar na rua? 
A pra mim graffiti sempre foi rua mano, e sempre vai ser.

5 - E mano, qual situação mais cabreira que já passou no alto? 
Ah, vários riscos nê mais uma foi quando eu tava pra fazer uma lateral eu e o mano SMIT na av radial leste subimos na lateral ai os policia veio agente do outro lado da avenida enquadro nois fez agente desce e pinto nois e levo toda nossas tinta.
E fora outros lugares que agente fez que quebramos as telhas e caímos pra dentro do pico rs.
E outra tbm foi com o mano caps na av rebolças agente tava querendo fazer enfrente o shopping numa passarela e o lugar era moiado por causa dos seguranças do shopping ai agente subiu e estavamos fazendo, quando eu tinha terminado eu vi o segunraça vindo pra querer pega agente pela crocodilagem ai avisei o mano caps mais o segurança ja tava perto de nois, ai pulamos bem perto dele e começamos a correr, e ele atras de nois armado, mais cada um foi pra um canto ai consegui correr, ai fiquei preocupado com o mano caps pensando que os bico tinha pegado ele ai depois de meia hora liguei pra ele tava tudo certo ele conseguio da fuga, e o pior foi que minha moto fico la entre o lugar que agente ia pinta e dentro do banco tinha 600ml de tinta azul os cara descolo q a moto era minha eles abriram o banco e jogou tinta dentro do motor de gasolina e colocarão palito de dente dentro do miolo da chave mo filhos da puta.


6 - Tem algum pico que você mais se orgulha? ou tipo cada pico È um lugar especial? 
A mano eu me orgulho de todos que eu faco porque todos que eu fiz até hj foi o lugar que eu quis pintar.

7 - E pra pintar laterais, ainda mais de rolo, demoro um tempo né? Como È feita a estratégia, pra não
ter erro na missão?
A o mais importante e não deixar ninguém te ver subindo em cima do lugares porque os Zé povinho confunde vc com ladrão e chama os verme, mais fora isso, o resto e só desce o rolo e fazer bem feito .



8 - O que você acha mano, que tinha que ter mais gente, escalando e arregaçando os topos e as laterais?
Não mano acho que quanto menos pessoas melhor, pq a rua ta muito disputada, e se tiver mais gente ai não sombra muitos lugares pra fazer, rs.


9 - E a pixação mano, digamos que aqui no Brasil, os roofs, não são tão forte assim, È mais comparado a pixação, pelo fato da escalada e sem chance de idéia na maioria com a policia, você acha que é mais é uma especie de pixação os roofs?
Então mano acho que esses roofs que eu faço e comparado como pixação tbm pq faço na madruga e o mesmo risco que eles passa eu também passo.

10 - Daora mano, queria agradecer ai mais uma vez, pela humildade de responder, e dizer que foda os rolês mano, conta com a genteno que precisar. 
Agora fica vontade mano pra dar o seu salve, È nois gomes.
Eu deixo um salve pra todos escritores que são rua de verdade e leva a parada a serio e faz acontecer.
É nois mano satisfação total a minha, forte abs paz.























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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Graffiti me fez rico.

Com essa frase a marca americana ( eu acho ) ECKO estampa uma de suas camisetas.
Não vamos polêmizar o assunto, apenas queremos abrir uma aspas nesse assunto. 
Hoje em dia, essa frase, até que realmente faz sentido, mais em que ponto o graffiti é mesmo o graffiti?
Não sei se dar pra entender, mais até onde, o que realmente é graffiti?



A cada dia, fica mais evidente, a expansão do graffiti, e com isso, tem seu lado bom, como seu lado ruim, 

acho que a frase GRAFFITI MADE ME RICH, teria mais sentido se fosse do tipo MEU TALENTO ME FEZ RICO, ou MINHA ARTE ME FEZ RICO, por que se colocar no papel, o graffiti de verdade não faz ninguém rico, pelo contrário.

Mais como vivemos no BOOM do graffiti é capaz que sim, vemos o graffiti dentro das galerias de arte, exposições, mas, isso é realmente graffiti? Hoje, grafiteiros são artistas, e muitos não querem mais só serem escritores, não é errado, afinal, talento, não se joga fora, ( isso é de uma musica eu acho ). 
Só é errado, quando dizem que um quadro, é um graffiti, isso realmente não acho justo. 




Mais, é complicado, quando alguns começam a pintar e logo com toda essa expansão do graffiti começam a sugar a cabeça das pessoas e engolir a história do que realmente é feito o graffiti, quando já começam, se julgando artistas, e não dão a minima pra história, ai é que começa a bagunça. 
Acho que graffiti ficou um pouco generalizado, é tipo um cara que usa uma lata de spray, é grafiteiro,
existem muitos talentos que devem ser aproveitados, verdadeiros(a) artistas, e isso é muito bom, mais acho que chegar a um ponto em que, dizer que graffiti me deixa rico, isso é complicado. Muitos artistas hoje em dia que devem ter lá, suas contas bancárias tranquilas, ainda são escritores de graffiti, por que na verdade, tudo acaba virando um universo só, uma realidade da pessoa, escritor de graffite/artista. 


Julgar o que é certo ou errado, não é papel de ninguém, mais a idéia real que eu aprendi do graffiti é que, graffiti é e sempre será na rua, mais como tudo hoje está banalizado quando falamos em RUA, logo vem aquelas mil frases de coisas que todos sabendo, a rua é isso a rua é aquilo, mais a rua nesse caso, é a rua mesmo, pintar, estar interagindo com o local, com a estrutura urbana, seja muro, porta, outdoor, trem etc. 
Acho que isso é o real graffiti, a essência, e isso um pouco tem se perdido dentro de muitas coisas, principalmente a perca dessa raiz, por conta da fama. 


Saber as diferenças nesse mundo, é bom, para não generalizar, e começar a cobrar para pintar uma porta de aço alugando, cobrar por um trabalho é ótimo e fazer o que gosta então nem se fale, , mais não deixar que a raiz se perca no meio de tudo isso, é muito mais importante, não deixar que o graffiti vire matéria no curso da faculdade é muito, mais muito mais importante, ainda.

domingo, 24 de junho de 2012

RISK 2012.

Já está disponível as novas camisetas RISK.
Essas camisetas ao contrário das anteriores, vem com cores fortes e clássicas. 
As estampas, de execelente qualidade, e malha 100% algodão. 

Nos tamanhos G / GG / XP, tamanhos que ajustam bem ao corpo, e com a novidade XP, 
pra quem curte as famosas, "gangueiras", esse é o tamanho. 

As camisetas, foram produzidas em escala reduzida, pra ter maior valor pra quem adquirir, apenas 15 de cada modelo.

Abaixo os modelos disponiveis.








Cada peça, sai no valor de 35,00 e enviada para todo o Brasil.
E também preço especial para revenda. 
Então, não vacila, são poucas unidades exclusivas que ficaram por pouco tempo aqui.

Sabia mais pelo:
ou pelo email: riskunderground@yahoo.com.br

VIVA A RUA.

domingo, 10 de junho de 2012

GRAFFITI: REVISTA 400ML



Mais uma bela edição da revista 400ML está disponível.
Com entrevistas, e uma seção de bombs, a revista tá muito foda.


Para visualizar.
http://migre.me/9qs4b

quarta-feira, 6 de junho de 2012

VIDEO: I LOVE TRAINS

I LOVE TRAINS, lançado em 2011 é um video que conta com ações entre 09/10 e 11, com o foco principal no sistema de trens da Alemanha nos quatro pontos principais do Pais, ele conta também com alguns focos do cenário mundial, como Nova York, Atenas, Viena, Milão, Paris, Marselha, Lille, Copenhague, Estocolmo, Oslo, Helsínquia, Londres, Praga, Bucareste. 


O video é muito foda, com cenas e ações, e muitas invasões.

Parte 1 de PARIS.




Download do video.
LINK


MUSICA: MEYHEN LAUREN



Meyhem Lauren é um morador do gueto de Wordsmith no Queens-bred com seus em seus vinte e poucos anos. Ele representa um estilo de RAP que está à beira da extinção. Enquanto a maioria dos artistas de hoje se fazem para os padrões da indústria, Meyhem continua fazendo RAP sem cortes puro para a rua.

Seu estilo lembra a época de ouro do hip hop. Um fator importante que separa Mey de outro artista nesta categoria é o fato de que ele pode rimar sobre qualquer coisa e ainda manter a sua identidade. Vários artistas que na ideia dele são vendidos ainda conseguem fazer musica de qualidade ... O problema com estes artistas é que muitos deles são um esteriotipo da musica.
Meyhen também ja era bem conhecido no Queens antes mesmo de fazer rimas, ele sempre foi envolvido com o graffiti, viveu uma das melhores épocas do graffiti, nos EUA. Em relação ao RAP Meyhem é bem consistente  em suas opniões, diz que muita coisa está se perdendo, e que o RAP está virando uma forma de vestir as pessoas, não de faze-las pensar. 


Imagina se ele souber o que estão fazendo com o RAP aqui no Brasil?


Segue aqui alguns sons do cara, sente o peso.






Download da MIX lançada em 2011
LINK